(...)Então, voltamo-nos para a cidade. Está ali, deitada como uma baleia incapaz de retomar o caminho do oceano, e nós todos habitamos o seu ventre, escrevendo à luz do azeite, como Jonas. Toda a literatura sofre desse defeito, contaminada pelos sucos gástricos de um cetáceo que não aguenta a digestão de uma cidade inteira. Foi preciso uma revolução para abrir a barriga ao animal. Saímos todos dessa cesariana com os olhos ofuscados para a luz; e quando nos habituámos a ela já o encanto do dia tinha passado(...).