«O mundo existe e o Vergílio morreu, mas mais uma palavra me pede a escrita. Ele amou apaixonadamente esta língua, esta cultura seca e caótica. O que pensou, pensou?o contra o positivismo fruste que aqui reinou. Ele foi esta terra, foi português. O que sempre me espantava, por minha falha insanável de identificação. Muitos o amaram por isso. Por isso, outros o odiaram. O que está feito, está feito. Não acharei, no entanto, estranho se, nas noites de chuva muitos virem um funâmbulo aéreo a dar?lhes fé no conhecer, e no facto nu e incompreensível de ser?se humano - homem e mulher. Não, não é a chuva oblíqua e cintilante a bater na luz. Não. É ele, o cantor cego, no amor que vos teve.»