«(Este livro) é o nome próprio de um texto que o designa naquilo que, entre outras coisas, é, faz-- um beijo dado mais tarde. Ou seja, este texto é um gesto com a escrita em direcção a alguém no tempo.(...)Como se escrever fosse viver--abrir o mundo, abrir um caminho no mundo que por esse caminho fica gravado. Fazer um a caminho no mundo que chamamos real e nisso fazer mundo real. É preciso dizer mais do que isto: um texto é um mundo imaginário. Trata-se de dizer que um texto é um mundo do mundo de mundos a que chamo o real. (...)»
Manuel Gusmão
in Jornal de Letras, Partilha Generosa do Que é Misterioso, 18 de junho de 1991