Certo dia reúnem-se os pássaros que entendem ser chegada a hora de encontrar um rei. Decidem então pedir a ajuda da sábia e prudente Poupa, que lhes diz que o rei que procuram já existe e se chama Simurg. Vive atrás das montanhas e o caminho para lá chegar é longo e repleto de dificuldades. Os pássaros de vontade mais débil, receosos dos obstáculos da jornada, rapidamente apresentam desculpas para não a empreenderem. Os restantes decidem pôr-se a caminho, atravessando sete vales, ao longo dos quais são postos à prova: o Vale da Busca, o Vale do Amor, o Vale da Compreensão, o Vale da Independência e do Alheamento, o Vale da Unidade Pura, o Vale do Espanto, o Vale da Pobreza e do Nada.
Durante a viagem, muitos acabam por sucumbir, vencidos pelas dificuldades e pelos obstáculos, mas os que chegam ao fim do caminho são tomados de uma surpresa maior do que alguma vez poderiam imaginar. Através de pequenas histórias, crónicas e anedotas no interior da própria narrativa - simples mas cheias de significado -, o caminho espiritual é-nos aqui revelado. A Conferência dos Pássaros é uma alegoria para aqueles que buscam o conhecimento de si mesmos.