Jack London (São Francisco, 1876- Califórnia, 1916) foi um dos mais espectaculares romancistas norte-americanos.
A sua vasta obra-largamente adaptada para o cinema e para o teatro, e da qual se destacam, entre muitos outros livros, O Filho do Lobo (1900), Apelo da Selva (1903), O Lobo do mar (1904), Martin Eden (1909) e A Febre do Ouro (1912)- foi muito apreciada pela intensidade das suas narrativas, onde o lado aventureiro e individualista do homem se mistura e confronta com as ideias socialistas do autor e pela sua defesa das causas sociais.
A Peste Escarlate (1912), Jack London aproxima-se da ficção científica. A história decorre do século XXI e tem como protagonistas um velho universitário e três netos, todos eles reduzidos ao estado selvagem. São dos poucos sobreviventes de uma peste que dizimou a humanidade e aniquilou a civilização no ano 2013. Vítima das partidas dos netos, o avô conta aos três rapazes as aventuras que viveu para escapar à peste, através do mundo despovoado, de desertos e de cidades mortas, procurando ao mesmo tempo incutir-lhes os valores do conhecimento e da sabedoria.