«Era na pele do jovem rei que o arquitecto mais gostava de se autocontemplar. Pois também a ele, Alberto Félix, coubera a sorte de meter uma lança em África. O resto da história não lhe vinha à lembrança. Pleiteara, até, para que o complexo ficasse a chamar-se Torres D. Sebastião ou, mais poeticamente, Torres do Desejado. Mas essa batalha não logrou ele ganhar. As cabeças da Marinha contrapuseram Torres do Nevoeiro, nome excelente para desmobilizar eventuais compradores. E as autarquias, o Parlamento e outras instâncias onde a imaginação nunca vicejou, acordaram em que a designação mais correcta era Torres do Farol. Por fim, na ignorância sobre o destino do farol, optou-se à cautela por Torres do Bugio.»