Detalhes
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Categoria: Poesia

Codigo de barra: 9789725642405

Data: 199506

NºPaginas: 66


Preço: 24,99 €

22,50 €

Depois De Ver

Autor: Pedro Tamen

Ilustrador: vários


Sinopse

Dir-se-á que todos os poetas escrevem depois de ver. Dir-se-á que não é concebível a recriação do mundo operada pelo poeta sem uma percepção do chamado mundo real e quotidiano situada cronologicamente num momento anterior ao poema-isto é, sem um pré-texto. Mas, se este livro se intitula Depois de Ver, é porque os poemas que o compõem foram, no momento da sua escrita, desencadeados por uma circunstância muito concreta, muito definida (quadro, escultura, fotografia) visualmente apreendida. Esses poemas, porém, na intenção confessa do autor, ultrapassam tal circunstância (a obra visual de Arte visual), quase sempre se afastando claramente dela e tomando-a com mero pretexto. Eis porque só aparente ou superficialmente estamos perante um livro de poemas sobre obras de Arte. Fotografias de pintura Graça Morais, Júlio, João Moniz, Maria Gabriela, Eduardo Chillida, José de Guimarães, Paul Klee, Catarina Rocha, Alvim, Emília Nadal, Catarina Castel-Branco, Giorgio Morandi, Lourdes Castro, Pedro Chorão e outros Fotografia João nunes, António Conceição Júnior, João Cutileiro Escultura, Carlos Pinto Coelho e outros PEDRO TAMEN Poeta português, Pedro Mário Alles Tamen (1 de dezembro de 1934 - 29 de julho de 2021) nasceu em Lisboa. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, foi diretor de uma editora (Editora Moraes) e administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, e co-dirigiu as revistas Anteu e Flama. Lecionou no ensino secundário, fez crítica literária no semanário Expresso e foi ainda presidente do PEN Clube Português, entre 1987 e 1990. Traduziu Imitação de Cristo, dos Fioretti de S. Francisco, Cantos de Maldoror, de Breton, e ainda outras obras de autores como Sartre, Foucault, Camilo José Cela, Georges Bataille, Georges Pérec, Flaubert e Gabriel García Márquez. Em 1990 obteve o Grande Prémio da Tradução. Depois de uma crise religiosa, converteu-se ao catolicismo em 1953, não deixando as obras de estreia, em 1956 e 1958, de refletir uma busca da transcendência, traduzida numa escrita poética fundada na rutura com a causalidade e com a referência, encontrando no esplendor da própria linguagem o efeito lustral da palavra. Para António Ramos Rosa, "a poesia de Pedro Tamen é um incessante exercício de liberdade que corre o risco de se perder na insignificação total e, por outro lado, uma busca permanente de uma frescura inicial (que é a frescura da dimensão do instante recuperado na sua transparência); e, além disso, não obstante a opacidade negativa de muitos dos seus poemas, é também a reinvenção que, no próprio obscurecimento do sentido, instaura uma possibilidade aleatória, que é já uma esperança e uma vitória sobre o drama existencial" (ROSA, António Ramos - Incisões Oblíquas, p. 91). A sua obra poética, iniciada em 1956 com Poema para Todos os Dias (Ed. Do Autor, Lisboa) encontra-se reunida em Retábulo das Matérias (Gótica, Lisboa, 2001). Em 1999 foi publicado um disco-antologia intitulado Escrita Redita (poemas ditos por Luís Lucas; Ed. Presença / Casa Fernando Pessoa). Em 2006 a Oceanos publicou o seu livro de poesia Analogia e Dedos. A poesia de Pedro Tamen mereceu já as seguintes distinções: Prémio D. Dinis (1981), Prémio da Crítica (1991), Grande Prémio Inapa de Poesia (1991), Prémio Nicola (1997), Prémio da Imprensa e prémio PEN Clube (2000).

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