Para a maior parte dos portugueses, Fontes Pereira de Melo foi um senhor de bigode que deu lugar a um período no século XIX, o fontismo, caracterizado por um programa de obras públicas.
Neste livro Fontes Pereira e Melo é entendido no contexto da época em que viveu. Eram anos em que ainda se acreditava no progresso, na concórdia universal, na liberdade. havia, depois, o homem. Embora partilhasse muitas das aspirações dos seus contemporâneos, não era um romântico como Disraeli, um autocrata como Napoleão III, um construtor de nações como Cavour, um conservador como Bismarck, um erudito como Canovas, mas um tecnocrata e um estadista, marcado pelo facto de ter nascido numa nação pobre e intolerante. A sua obsessão consistiu em tentar fazer qualquer coisa para minimizar o atraso global do país.