Um cidadão chinês é barbaramente defenestrado algures em Portugal, para onde viera, ao que se julga, com o propósito de aperfeiçoar o conhecimento da língua portuguesa. A polícia descobre os criminosos quando prende um grupo de fumadores de cachimbo que ocupava o patamar de certo condomínio: mas, nesse ponto, já é uma densa teia, tecida de interesses que ligam um empreendimento imobiliário ao tráfico de droga, atraía os gémeos Belágua e o seu primo, um advogado de província e a proprietária de uma quinta em N., uma marquesa e a sua filha, e ainda uma bióloga ecologista e uns quantos professores universitários. saltando entre o mundo rural e o ambiente urbano, O Defundo Elegante não dá tréguas ao leitor mais indiferente.
Um candidato a romancista esconde-se para esconder um segredo: ou retira-se para retirar de si um romance? Uma novela de ciúmes de final faceto-com uma inesperada contribuição de Mário de Carvalho-atravessa esta correspondência que se espraia desprezando quaisquer limites até ao ponto em que, enfim, um monumental ensaio académico é devolvido, já anotado, pelo marginal que o roubara. De carta para carta, O Defunto Elegante prolonga a reflexão sobre o destino do romance, menoscaba o que deve ser menoscaba e escarnece do que merece ser escarnecido, inserindo-se assim na curva tradicional de romance que prolonga a reflexão sobre o destino do romance, menoscaba o que deve ser menoscabado e escarnece do que merece ser escarnecido.
