Pedro pertence a uma família com passado, fortuna e um nome: os Castelo Branco.
O pai conhece a solidão, a prisão, a doença. Abandonado pela mulher que entretanto se junta com um homem insignificante, pelo filho mais novo, por todo o clã, só Pedro, o filho de quinze anos, de porte atlético, vai tomar aos seus ombros a responsabilidade de o acompanhar nos três difíceis anos de cárcere e nos meses seguintes à sua libertação.
Esse longo e fascinante percurso é, neste volume, magistralmente relatado. A autora, profunda conhecedora dos problemas dos jovens, traça nestas páginas o perfil de uma geração que soube encontrar em si os alicerces de ternura, tolerância e solidariedade, numa clara demonstração que ninguém pode respeitar os outros se não se respeitar a si próprio. Pedro, Susana, Marcos, Vítor, personagens de um tecido social cujo destino nos pertence também um pouco.